Chamada para submissão de capítulos – Livro: 

Livro: Encruzilhadas Culturais  Vol. 2 – Direitos Humanos e Saúde Mental da População Negra no Brasil
Prazo para envio: 30 de dezembro de 2025

Quais são os impactos da infração dos Direitos Humanos sobre a saúde mental de pessoas negras no Brasil?

Considerando que o passado colonial não é passado, mas ferida aberta, que se reinscreve diariamente em ações policiais que matam, no encarceramento em massa, na miséria imposta, na ausência de cuidado e reparação, este livro se propõe como espaço de escuta, denúncia e elaboração crítica.

Segundo o 18º Anuário Brasileiro de Segurança Pública (2024), estima-se que cerca de 208.882 pessoas estejam presas sem julgamento no Brasil, o que representa aproximadamente 24,5% da população carcerária. Além disso, 69,1% dos mais de 850 mil presos no país são pessoas negras, evidenciando que o direito à liberdade e à justiça é seletivamente negado em um sistema penal atravessado pelo racismo. E as pessoas em situação de rua?  Existe, de fato, alguém em situação de rua? Ou será que a rua, com suas três letras, esconde abismos mais profundos? Miséria, exclusão, anomia, abandono, adoecimentos e sofrimentos psíquicos que pedem escuta qualificada, políticas públicas efetivas e epistemologias comprometidas com a vida.

O Grupo de Estudos Críticos para as Relações Étnico-Raciais (GECRE/CEFET-MG/CNPq) convida pesquisadores, intelectuais, profissionais da saúde mental, ativistas e artistas a enviarem capítulos inéditos para compor o novo volume da coletânea Encruzilhadas Culturais. A proposta da obra é reunir reflexões que articulem Direitos Humanos, Racismo Estrutural, Saúde Mental e Resistência, com ênfase nas vivências da população negra no Brasil contemporâneo.

Serão bem-vindos textos que abordem, entre outros temas:

Requisitos para submissão:

A publicação será digital, com acesso livre e gratuito. Não haverá custos para os autores. Uma versão impressa será produzida posteriormente com requisitos específicos e conforme demanda. Contamos com a sua participação para construir um livro que seja território de denúncia, cuidado e reconstrução.
Que possamos ouvir os gritos silenciados e transformar dor em palavra, e palavra em ação.

Axé, memória e resistência.

Prof. Dr. Seu João Xavier